sábado, 26 de novembro de 2011

Saindo do seu casulo

“Uma vez uma menina encontrou um casulo pendurado em um galho. Ela levou para seu quarto e colocou-o em uma jarra, esperando um dia para ver uma borboleta emergir. Um dia, ela viu a borboleta dentro do casulo tentando sair. A borboleta foi lutando e tentando sair da abertura feita para sair do casulo. A menina observando aquela cena decidiu ajudar o pobre inseto a sair por aquele caminho tão apertado, numa boa intenção ela, com muito cuidado, abriu mais a fenda do casulo. Depois disso, a borboleta foi capaz de facilmente sair. Mas, uma coisa estranha aconteceu ... em vez de espalhar duas belas asas, a borboleta teve duas murchas, enrugadas, feias e inúteis asas penduradas ao seu lado. Por quê isso?  Deus projetou a borboleta e seu casulo para que no ato de sua saída dessa nova fase que se iniciava a abertura apertada tem como objetivo endireitar e fortalecer suas asas. Portanto, sem a pressão da abertura apertada estreita, a borboleta teve roubada a beleza de suas asas, e o mais importante, dela foi roubada a habilidade de voar para os céus, à ela foi condenada uma vida de andar no chão!”

Olhando para nós é visto que precisamos sair do casulo que muitas das vezes criamos, para uma transformação. Mas como temos esperado sair desse casulo, que muitas das vezes são criados pelas circunstâncias que nos cercam? Saímos sozinhos ou temos recebidos “ajudas” qual não há necessidade, porque para um bom aprendizado é necessário o esforço, a luta, as bofetadas para sairmos dentre desse casulo com nossas belas asas habilitadas, não só na beleza, mas para fazer o que é importante ... voar e como conseqüência ser o agente polinizador, porque sem esse feito, para qual foi criada por Deus, haveria prejuízo na flora e por consequência na fauna.
Lendo II Coríntios 12:1-10, Paulo nos diz por que ele foi capaz de voar acima das “cabeças” de outros crentes no seu tempo. Ele diz nos transmite na Palavra que era a dor e os sofrimentos que ele suportou que lhe deu o poder com Deus apreciado. “Não é conveniente para mim, sem dúvida, para a glória. Eu passarei às visões e revelações do Senhor. Eu conheci um homem em Cristo acima de 14 anos atrás, (se no corpo, eu não posso dizer, ou se fora do corpo, eu não posso dizer: Deus sabe;) um tal arrebatado ao terceiro céu. E eu sabia que um tal homem (se no corpo ou fora do corpo, eu não posso dizer: Deus o sabe;) Que ele foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. De um tal me gloriarei: ainda de mim mesmo eu não glória, mas nas minhas fraquezas. Por que eu desejaria para a glória, eu não serei um idiota, porque eu vou dizer a verdade: mas agora me cale, para que nenhum homem deve pensar de mim além do que ele vê que eu seja, ou o que ele ouve de mim. E para que eu não deveria ser exaltado acima da medida com a abundância das revelações, foi-me dado um espinho na carne, mensageiro de Satanás para me esbofetear, para que eu não deveria ser exaltado acima da medida. Para esta coisa pedi ao Senhor três vezes, que o afastasse de mim. E ele me disse: A minha graça te basta, porque: o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo habite em mim. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo: Porque quando estou fraco, então sou forte.”
Ao olharmos para esta passagem, é necessário falar sobre as bofetadas que Paulo menciona. Vê-se o que este homem resistiu e, assim, ensina muito sobre os problemas, sofrimentos e provações da nossa própria vida. É possível aprender aqui nos dando a capacidade de subir acima da vida cristã comum. Assim como a borboleta, citada na ilustração, perceberemos que as provações e os sofrimentos da vida vai refinar e preparar-nos para tomar o vôo para a glória de Deus. Olhamos para esta passagem como nós pensamos um pouco sobre este pensamento: Bênçãos sem bofetadas? É possível? Permita-me mostrar os benefícios que podem sair das dificuldades em sua vida!
Paulo fala sobre a natureza do julgamento que ele sofreu pelas duas palavras que ele usa para descrevê-la: espinho e bofetada. Qual era a natureza do espinho de Paulo? Ninguém sabe ao certo, mas tem sido sugerido que Paulo sofria de uma doença nos olhos de algum tipo - Gal,. 06:11; sabemos que a presença do corpo estava um pouco fraco - 2 Coríntios. 10:10; Alguns têm sugerido que o espinho de Paulo era a malária, epilepsia, ou alguma outra aflição física. Ninguém sabe ao certo, mas o que quer que fosse, tornou a tarefa de pregar e ministrar às igrejas muito mais difícil para Paulo. Uma coisa que sabemos com certeza sobre o espinho de Paulo é esta: ele pode ter sido realizado por Satanás, mas foi permitido por Deus! É importante ter em mente que o que quer que fosse que atingiu este grande pregador, fazia parte do plano de Deus para sua vida. Para moldá-lo, para fortalecê-lo.
  • É importante ter consciência que na verdade, estamos todos indo para experimentar muitos períodos de espinhos e bofetadas na vida. Ninguém gosta, mas eles são parte da experiência humana, Jó 14:01; Eclesiastes 02:23. Quando os espinhos nos perfuram e as bofetadas abalam nossa fundação, é preciso lembrar que nada pode tocar a vida do servo de Deus se não faz parte do plano de Deus para nós, Rom. 8:28.

É visto na Palavra que o espinho de Paulo era "na carne", assolou seu homem físico.   Muitas vezes, os espinhos e bofetadas nesta vida vai se manifestar no mundo físico, por doença e outras formas de sofrimento físico, em outros momentos será a dor emocional, tais como solidão, depressão e desgosto, às vezes os espinhos serão de natureza espiritual como santidade, opressão (batalha espiritual). É necessário entender que o sofrimento pode vir em muitas formas. Podemos ser feridos em muitos níveis, nem todos que são visíveis a olho nu.  Não devemos nos surpreender com a forma como os espinhos da vida se manifestam (sabendo que é difícil essa compreensão, pois surgem de forma inesperada em sua maioria).
  • É importante entender que as coisas que podem ser chamadas a suportar, pode não ser mais em uma hora ou alguns dias. Algumas pessoas, por razões do próprio Deus, são dadas espinhos e bofetadas que parecem durar anos. Por quê isso?

Para Paulo, a pancadaria chegou a sua maneira de mantê-lo de ser "exaltado acima da medida". Esta frase significa "levantar-se acima de seu lugar". Por causa de todas as bênçãos Paulo tinha recebido, v. 1-6, e por causa de todas as maneiras poderosas em que Deus tinha usado ele, v. 7, havia o perigo que Paulo poderia tentar tirar toda a glória para si mesmo. Portanto, Deus deu a Paulo esse espinho na carne para regular essa carne, ela foi enviada para lembrar Paulo que este feito era a respeito de Deus e não sobre Paulo. Em outras palavras, ela foi enviada para manter Paulo humilde!
Devemos entender o porquê certos espinhos estão em nossa vida; devemos entender o que Deus quer transformar em nossa vida. Para que quando chegar a hora de sair do casulo, seja possível voar alto e fazer o que Deus deseja que seja feito.
Não podemos esquecer das pessoas próximas à nós que querem abrir o casulo, estragando tudo, e outras que ficam na torcida e admiração do milagre de Deus na saída da borboleta. Mas isso será assunto para o próximo artigo.

sábado, 30 de abril de 2011

Estar no centro da vontade de Deus


"Podemos dirigir o carro empurrados pela vontade de Deus ou abastecidos com nossa própria vontade." - Kerry e Chris Shook (Livro: Um mês para viver)

Quando o crente pensa em estar no centro da vontade de Deus logo vem a mente a Palavra de Deus, não somente conhecê-la mas vivê-la. Porém os acontecimentos na estrada da vida o impulsiona a estar a direita ou a esquerda, atrás ou à frente... mas no centro (o local correto) fica complicado quando a colisão ocorre e o indivíduo fica "desorientado" ou "prostrado", sem forças para permanecer em em pé. 
Um tipo de colisão bem conhecido é o "choque de valores". As ações revelam um conjunto de valores diferente daquele que se diz ser mais importante para si mesmo. Por exemplo, Uma pessoa afirma que a saúde é importante, mas ela mesma não se alimenta bem e nem tão pouco se exercita; ou talvez diga que a família é sua maior prioridade, mas o trabalho com frequência tem precedência sobre o tempo que passa com os familiares; seguindo a linha de raciocínio, o crente pode dizer que Deus é o número um em suas prioridades, mas a realidade é que Ele recebe apenas o que sobra de seu tempo e talento. Uma das maiores fontes de estresse e frustração na vida é o choque de valores.
A boa notícia é que se pode examinar a própria vida, olhar para esses pontos de colisão e mudar a rota que se está seguindo. É possível começar a alinhar as prioridades com a atitude. A melhor maneira de começar esse processo é examinar a mais séria das colisões: a das vontades. Há momentos que a vontade pessoal se choca com a vontade de Deus. Ao refletir sobre o tempo: Deus criou o homem, criou um dia com vinte e quatro horas, assim caso o homem não puder fazer tudo o que fora preciso nesse período, ele está se concentrando em coisas que Deus nunca planejou para que ele fizesse. Mesmo correndo o risco de generalizar demais, é necessário afirmar que é simples assim. Deus deu ao homem tempo suficiente para fazer tudo o que deseja que seja feito. Se descansar nesse conhecimento e confiar nele em relação aquilo que deve ser realizado a cada dia, a luta interior diminuirá à medida que cresça a confiança nos planos divinos.
Quando se escolhe dirigir o próprio carro tomando as próprias decisões sem consultar a Deus, é como se seguisse na direção errada numa via de mão única. No fim ocorre uma colisão com Deus. 
Nunca é tarde demais para mudar o curso da vida! Deus tem um grande plano para a vida do ser humano, mas é necessário sair do banco de motorista e pedir que Ele assuma o volante. É interessante e importante saber e compreender, que estar no centro da vontade de Deus é depositar no Senhor confiança. É necessário dar um passo de fé ao permitir que Deus dirija a vida, mas não se trata de um processo passivo, Deus deseja que se preste atenção e que aja durante o caminho.

"Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas." - Pv. 3:5-6

segunda-feira, 28 de março de 2011

O propósito de Deus na vida do homem

 “Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” – Jo 6:29
Crer verdadeiramente em Cristo e na obra da redenção, é básico e fundamental. Esta é a primeira atitude que agrada a Deus e faz parte do propósito principal do plano de Deus para o homem.
Jesus pregou o Reino de Deus com operação de sinais e prodígios, com vistas ao convencimento dos ouvintes e por compaixão dos que estavam sofrendo.
→ Mas o propósito principal é a crença verdadeira.
O Evangelho de João 7:38 diz: “Quem crer em mim como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.”
No propósito principal está incluso a descida do Espírito Santo. O homem convertido tem em si essa maravilhosa presença de Deus, a pessoa do Espírito Santo.
É o Espírito Santo que  dá poder para vencer! “Faça-se a Tua Vontade!” e para cumprir os propósitos de Deus para nossa vida.
Ele convence, inspira e dá alegria ao homem para fazer uma obra sobrenatural pela fé, sendo, assim, visível o Seu direcionamento numa sabedoria única na pregação e da Sua Palavra.
A vontade de Deus para o homem convertido a Jesus Cristo é que ele cresça no conhecimento de Cristo, e que seja cheio do Espírito Santo, para executar a sua obra, ou seja,Testemunhar a respeito d’Ele e da Sua obra, promovendo a divulgação do Evangelho.
Atos 1:8 diz:" ... e recebereis poder ao descer sobre vós o espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...". Não há promessa de poder que não seja para servir.
Quando o Senhor prometeu o Espírito Santo aos seus seguidores tinha o propósito de dotar- lhes de capacidade para o serviço do Seu Reino.
Essa nova vida em Cristo é requerido do homem (chamado, então, de discípulo) um padrão de santidade para esse relacionamento. Veja as condições:
“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Eis a condição, vem como estar para mudar”. - Mt. 16:24
A vontade do homem, baseada em sentimentos humanos, não ajuda. O que importa é a vontade de Deus baseada no conhecimento da Sua Palavra.
A vida do convertido passa pela renúncia do “Eu” – sendo chamado de santificação, para Deus, e para executar a Sua obra.
Quando se fala de santidade na vida é possível lembrar do que o apóstolo Pedro recomenda: Obediência e confiança na provisão de Deus.
“Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”. I Pedro 1:13-16
Uma vida de devoção: tempo para orar, tempo para estudar a Palavra e tempo para meditar. O seu devocional testificará a respeito de sua comunhão com Deus. Esta é a condição exigida pelo Senhor para nos habilitarmos a algo muito maior.
A pregação do Evangelho de Poder! Esta é a vontade de Deus para vida de todo aquele que nele crê.
A vontade de Deus para o meu ministério, como ceifeiro da sua seara.
Leia Ef. 4:11-12 - Após uma crença verdadeira, uma vida santificada para Deus, agora o exercício de ministérios. Aqui entra um forte chamado de Deus para os serviços do Seu Reino. Não despreze o chamado do Senhor!
Deus tem algo para todo servo d’Ele no Seu Reino.
 “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”.- Mc. 16:15
Todos os ministérios exigem a presença do Espírito Santo! Numa pregação é Ele quem trás unção para a mensagem e convencimento para mudança de atitude do ouvinte.
Quem se dispõe ao serviço do Reino, tem a promessa do Senhor Jesus, da sua presença constante!
O Senhor Jesus garantiu que estaria presente todos os dias, até o fim!
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. - Mt 28:19-20
Esta promessa do Senhor é infalível. O Vocacionado pode confiar que o Senhor não o deixará só.
A vontade de Deus para o homem segue numa mesma linha de propósito para a humanidade. Que todos creiam no único Deus verdadeiro, JESUS, sejam salvos.
Mas para a concretização desse desejo de Deus para a humanidade (mesmo sabendo que o homem pecador é amante de si próprio) constitui num dos mais audaciosos projetos: Salvação. E este trabalho está nas mãos da Igreja, Jo 3.16; de proclamar a mensagem de salvação tornando o homem remido, resgatado, pelo sangue de Jesus. A Igreja existe no mundo para fazer o serviço de evangelização dos pecadores e estes serem salvos. Missão é a palavra em todos os meios e em todo o tempo.
A Igreja pregando o Evangelho genuíno gera no indivíduo, com a ação do Espírito Santo, uma vida consagrada aos propósitos que Deus tem para ele. A Santificação da vida exclusivamente para Deus.
Portanto, Ascende no indivíduo o chamado vocacional para o serviço sacerdotal, no seu Reino – Ele se torna um servo. A maior graduação do Reino.
Não há, na face da terra, nenhum outro serviço que se possa comparar ao exercício do sacerdócio, motivado pelo amor.
A Pregação do Evangelho e os Serviços resultantes dessa pregação nada se comparam, não tem preço, é inegociável.
Não é por à caso que o Senhor promete estar presente durante o serviço da pregação do evangelho.

Fica-se algumas perguntas para reflexão:
- Como Tem sido nosso desempenho na grande seara do nosso Deus?
- Qual tem sido nosso testemunho de Cristo, como participante do Seu Reino, neste mundo?
- Estamos dispostos a mudar para melhorar nossa conduta de cristão? 


Venha o Teu Reino Senhor! Faça-se a Tua vontade!

segunda-feira, 7 de março de 2011

A verdadeira alegria


O período do ano chamado carnaval é uma ocasião onde pessoas saem às ruas expressando sua “alegria” de diversas formas, seja se embriagando ou se fantasiando com personagens quais admiram (ou que desejariam ser?); seja beijando ou tendo relações sexuais com pessoas que nunca viram, enfim, uma festa em que muitos aguardam ansiosos para expor essa “alegria” explosiva.
ALEGRIA. O que é essa palavra em meio a prática? É interessante falar sobre a alegria quais muitos homens e mulheres têm buscado. A verdadeira alegria, não uma alegria passageira, circunstancial, que dependa deste ou aquele acontecimento.
- O salmo 118 é uma canção para o povo, durante suas comitivas solenes para casa de Deus, cantada responsivamente. Enquanto se dirigiam ao templo em Jerusalém, o povo ia declarando este salmo.
Até o verso 18 o salmo fala das vitórias alcançadas pelo povo de Deus.
A partir do verso 19 há três motivos pelos quais o crente manifesta a sua alegria em Jesus.

1°- Jesus é a porta
Não se consegue entrar ou sair de algum lugar senão pela porta. No verso 19 o cortejo se aproxima da porta do templo.
Segundo Dr. Shedd, “o templo é o símbolo físico da presença real de Deus, na qual se entra revestido com a justiça que Cristo, o Salvador, atribui a nós.”
Ou seja, para se chegar à presença de Deus, é necessário passar pela porta que é Jesus.
- Jo 10.7-9: “Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”.
- Mt. 7. 13-14 “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”.
O salmista diz no verso 19 que ao serem abertas as portas da justiça, ele entrará e renderá graças ao Senhor. Podemos render graças nesta hora, dar louvores a Deus pelo fato de termos um acesso livre ao Pai através de Jesus (a porta).
No verso 20 – “por ela entrarão os justos” – Significa que todos os que foram justificados pelo sangue do cordeiro, podem entrar (Rm. 5.1), não há mais véu de separação, não há impedimentos para chegarmos até Deus.
Esta porta fala de proteção (porta do aprisco onde ficava o pastor), por ela podemos entrar e sair, através dela acharemos pastagens. “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
É possível manifestar a verdadeira alegria quando conhecemos esse Jesus, porque Jesus é a porta.

2° - Jesus é a pedra
No verso 22 – A pedra que os construtores rejeitaram se tornou pedra angular, ou pedra de esquina, ou pedra principal, a que sustenta.
- Mt. 21. 42 “Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?”
- Outros textos do Novo Testamento que confirmam esta palavra como: Lucas 20.17 e Efésios 2.20
- Jesus é a pedra fundamental para os que confessam seu nome, edificam suas vidas n’Ele, fazendo parte do edifício de Cristo. Para os que crêem se tornam pedras vivas da igreja, para os que não crêem se torna pedra de tropeço e condenação no julgamento (1° Pe 2.4-8 ).
- O próprio apóstolo Pedro reconhece que Jesus é a pedra sobre a qual devemos nos edificar: Atos 4.11-12 “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”.
O cristão verdadeiro pode manifestar a sua alegria porque têm em quem confiar. Tem uma base segura, a fé está posta no Rei Jesus, nossa rocha (Mt. 7. 24-27).

3° - Jesus está presente
Mas nossa alegria é completa porque Jesus está presente. O verso 24 fala sobre o dia em que o Senhor fez, ou no “Dia do Senhor”. Aleluia! Jesus ao terceiro dia ressuscitou, está vivo à direita do Pai e intercede por todos aqueles em que nele deposita confiança.
Ele é Deus presente, Emanuel (Is. 7.14, Mt. 1.23).
- Mt. 28.20 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. Quando cumprimos sua missão, quando nos engajamos no Reino, enquanto estamos indo, Ele está conosco.
Muito melhor que qualquer festa passageira, onde os prazeres carnais não levam o ser humano à vida eterna; muito melhor que uma alegria passageira controlada por argumentos fúteis. Deus oferece a alegria verdadeira, pois é contínua, presenteada à todos aqueles que crêem no Nome bendito de Jesus. Jesus é o melhor motivo de felicidade e exposição de alegria que podemos dar às pessoas.


Para nós, cristãos, todos os dias são dias de alegria, porque Jesus está conosco, mesmo em meio a lutas, quem sabe até durante uma enfermidade, uma necessidade, não importa, Ele está presente. Portanto, alegremo-nos e regozijemo-nos nele.
Quando é manifestada, por meio da fé, a verdadeira alegria por Jesus é vista a oportunidade de testemunhar o Evangelho das Boas Novas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ligados em Cristo

Jesus quase sempre ensinara mediante parábolas, que nada mais são que alegorias: linguagem figurativa que utiliza elementos do cotidiano evocando uma realidade superior. Jesus usava o próprio dia-dia terreno (vida secular) das pessoas para explicar-lhes o Reino de Deus (vida espiritual). Era justamente aí que residia a grandeza das mensagens de Cristo. Por meio de situações corriqueiras, o Mestre ensinava coisas espirituais. Suas palavras, mesmo que simplistas à primeira vista, estavam permeadas de alta carga valorativa. Falava de coisas profundas através das aparentemente superficiais. Atingia, assim, pescadores, lavradores, prostitutas, religiosos, enfim, todos os segmentos da sociedade. E não só da sociedade da época, mas, também, todos os períodos históricos posteriores. Isso só é possível porque os ensinamentos de Jesus se projetam no tempo e no espaço, constituindo verdades universais e absolutas, e não, como querem alguns, verdades relativas apenas a seu tempo. A parábola da videira e dos seus ramos é uma das colunas sobre as quais a libertação ensinada por Jesus se edifica. Trata da quebra das algemas do sistema religioso, denunciando a total libertação espiritual implantada por Cristo na nova aliança. Baseado em João 15, é possível tirar lições essenciais para o relacionamento pessoal com Deus, para anunciar as boas novas aos perdidos, e para que todos compreendamos alguns aspectos do Reino de Deus.

A videira e os ramos
Os santos espalhados na face da Terra são ramos dessa videira, que é Jesus (o) Cristo. Essa videira, juntamente com seus ramos, é cuidada por Deus, o lavrador. Um ramo só tem vida enquanto está ligado à videira e, enquanto na videira, tem uma função: “dar frutos”.
Na condição de ramos de uma videira, os santos devem dar frutos, necessariamente. Se o ramo não cumpre sua função, pode-se dizer que é inútil, não tendo mais razão de permanecer na videira. O fato de estarmos ligados à videira demanda de nós a realização de um único propósito que é dar fruto. Mas que fruto?
O maior fruto de podemos dar é o amor. Em Gal. 5.22 encontramos uma lista de dons, ou seja, uma série de virtudes que o ramo deverá produzir como parte integrante da videira. Este modo de viver se concretiza na vida do crente à medida que ele permite que o Espírito Santo dirija sua vida. Fruto, nesse caso, também significa resultado, conseqüência. Isto é, essas qualidades do nosso caráter são resultado e conseqüência da presença do Espírito Santo (simbolizando a videira). O rol de frutos é encabeçado pela "caridade", que é o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca.
Amor significa dar a vida. Jesus ensinou que não existe maior amor do que dar a vida pelos amigos. Ele próprio deu sua vida preciosa e imaculada por nós. Quando Jesus disse em "dar a vida" talvez não estivesse se referindo somente em dar a vida (física), literalmente. Provavelmente Jesus estava se referindo ao fato de abnegarmos nossos interesses e aspirações seculares em prol dos perdidos. Isso também é dar a vida. É negar a própria vida, anular seus objetivos pessoais e servir aos outros. Foi isso que o Filho fez. Primeiro despojou-se de sua glória e poder; depois, se fez carne, habitou entre nós, e colocou-se na posição menos importante: a de servo. Serviu aos pecadores, deu-lhes de comer, curou as feridas do corpo e da alma, compadeceu-se da prostituta, lavou os pés dos discípulos, etc. Na cruz, antes de morrer, dentre outras coisas, perdoou o ladrão, perdoou a todos, fazendo-se pecado por nós. Morreu e nos reconciliou com Deus. O sangue derramado inaugurou uma nova, excelente e insubstituível aliança, que tem apenas dois mandamentos. De todo o pacto mosaico, de todo o sistema sacrificial, Jesus requer de nós apenas duas coisas: amemos a Deus sobre todas as coisas, e próximo como a nós mesmo. Amemos, pois. Sirvamos.
Quando alcançarmos essa convicção de amor pelo próximo, Jesus nos dará tudo o que pedirmos. A videira fornecerá a seiva suficiente para a produção dos frutos. A videira nos propiciará a capacidade de amar. Para que isso ocorra, porém, existe uma condição. João 15.7 ensina que se nós (ramos) estivermos em Cristo (a videira), e se Ele estiver em nós, pediremos tudo o que quisermos, e nos será feito. Esse versículo aponta uma relação de causa e efeito. Se estivermos em Cristo e Ele em nós (causa), seremos atendidos em tudo que pedirmos (efeito). Atualmente, algumas pessoas têm se apegado fortemente apenas ao efeito. Acham que Deus simplesmente vai conceder tudo aquilo que pedir. Acreditam, assim, que Deus está a serviço do nosso livre talento. Se Deus fizesse isso certamente nos corromperíamos. Tanto é que, em Tiago 4.3, Deus nos adverte dizendo que nós não recebemos aquilo que pedimos, pois pedimos para gastar nos nossos próprios deleites. Todavia, quando estamos em Cristo, tudo nos será concedido. Ora, se estamos em Cristo e se Ele está em nós, é porque somos um com Ele. E se somos um, temos as mesmas intenções que Ele tem. Estamos em harmonia. Aquilo que vamos pedir é exatamente aquilo que Ele queria nos dar. Se estivermos em Deus, pediremos coisas do alto, coisas espirituais, coisas para edificação, e é justamente isso que Deus quer nos dar. É o próprio Deus (que está em nós) pedindo para Deus.
O ramo não pode dar fruto de si mesmo. Nós não podemos, apenas pela nossa capacidade, dar o fruto que Deus quer. Pelas nossas próprias forças não conseguimos amar o próximo, não conseguimos nos abnegar, não conseguimos servir. Sem Cristo passamos a ser pessoas más e egoístas, não conseguimos amar. Só poderemos amar se estivermos visceralmente ligados à videira. Se estivermos ligados em Cristo, pediremos que nos dê um coração cheio de amor, e Ele nos dará. Permaneçamos, pois, Nele.
Portanto, somos ramos de uma videira. Devemos estar ligados a Cristo de tal sorte que, recebendo Dele toda capacitação, produzamos frutos desejos e nos tornemos uma árvore frondosa. E que as pessoas, vendo nossos frutos, tenham desejo insaciável de se alimentar deles. Arraigados em Cristo, nossos ramos vão crescendo, ganhando corpo, tomando espaço, gerando sombra. As pessoas virão e descansarão à sombra dos ramos robustos. Tudo isso sem sair do lugar, apenas permanecendo na videira.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Missio Dei e a Igreja


É bem claro que Deus é o sujeito ativo da missão. Deus o pai enviou seu Filho, e ambos enviaram o Espírito Santo. A trindade envia a igreja  para cumprir a tarefa de Grande Comissão. Ou seja, Pai, Filho e o Espírito Santo enviando a Igreja pelo mundo.
A Igreja inserida na Missio Dei (Missão de Deus) é uma remetente e ao mesmo tempo remetida numa ação visionária e objetiva de propagar o Evangelho da Salvação.
Deus é um Deus missionário. Compreende-se a missão como um movimento de Deus em direção ao mundo; a Igreja é vista como um instrumento para essa missão. "Participar da missão é participar do movimento de amor de Deus para com as pessoas, visto que Deus é a fonte de amor que envia" (Bosch).
A missão da Igreja não tem vida própria, pois só nas mãos de Deus que envia pode-se denominá-la verdadeiramente de missão. As atividades missionárias só são verdadeiras quando refletem a participação na missão de Deus. A Missio Dei é o Deus ativo, que age tanto na Igreja quanto no mundo e na qual a Igreja tem o privilégio de poder participar como instrumento.
  • A responsabilidade missionária da Igreja
Muitos de nós dizemos que "amamos ao Senhor"; que "Ele é tudo de bom que temos"; e também que "Nós o amamos e por Ele entregamos a nossa vida". Entretanto, existe algo no coração de Deus que nem sempre está no coração dos filhos de Deus: o amor pelos perdidos. 
Deus é amor, e o amor de Deus está sobre os perdidos. Missões está no coração de Deus! 
É impossível deixar de citar uma frase de David Livingstone: "Deus tinha um único Filho e fez dele um missionário." E assim Jesus teve seguidores e fez deles missionários. A Igreja do Senhor foi edificada no propósito de proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. É preciso envolvimento e compromisso com a Obra do Senhor. É preciso trabalhar com amor, pois existe missões porque Deus ama as pessoas.
Missões não é um dom, é uma responsabilidade de amor da qual a Igreja (você e eu) não pode ficar de fora.
O coração de Deus é um coração missionário, a obra missionária está no coração de Deus. Mas está no seu?