sexta-feira, 27 de março de 2015

Cooperadores de Deus (Texto de autoria do pr. Felipe Fulanetto)



Uma tendência que observamos nos relatórios e giros missionários é a ênfase aos pontos negativos de determina área ou país que o missionário está atuando. Não raras vezes, vemos nas igrejas, redes sociais e blogs, fotos de crianças negras passando fome, casebres lotados de gente, pessoas doentes, cidades destruídas, calamidades naturais, etc. É como se a miséria validasse o trabalho missionário, nos transmitindo uma visão pessimista do mundo, e os missionários têm a solução para todos os problemas. Porém, algo está errado nessa tendência!
Eu gosto de ter uma visão positiva – a do copo meio cheio e não vazio – buscando sempre animar, e não colocando culpa e medo. O meu positivismo (não teológico!), não tem a ver com acreditar que o homem é bom em si mesmo (somos todos pecadores), mas, sim, no Deus imutável e poderoso. Quando prego sobre missões, não enfatizo a pobreza na África, tampouco o terrorismo do Islã, muito menos o narcotráfico latino-americano ou ainda a vida primitiva dos índios Papua. Então qual deveria ser a nossa ênfase? Que mensagem deve ser transmitida?
Eu corro junto com Patrick Johnstone, um missiólogo e pesquisador britânico, ao dizer que Deus esta fazendo a sua obra no mundo e Ele nos convida a participar dela. Há muito que regozijar-se. Tantos avivamentos e milagres de Deus ocorrendo nesse exato momento! Por que não falarmos dos mais de 15 mil missionários sul-coreanos no mundo? Por que não anunciarmos o avivamento chinês com crescimento acima de 7.400% (de 1 milhão para 75 milhões) evangélicos em apenas 50 anos? Porque não afirmamos que os maiores plantadores de igrejas na Europa são nigerianos? Ou ainda a perseverança e crescimento dos cristãos iranianos (em 1979 havia aproximadamente 500 cristãos, já em 2008 foi registrado mais de 1 milhão de servos de Cristo)?
Parece-me que a estratégia para levantar novos missionários é baseada na culpa – “estão morrendo sem Jesus porque você não prega” – ou no medo – “se você não pregar, Deus vai te cobrar essas vidas”. Algumas vozes podem me contrapor, dizendo: “mas se nós enfatizarmos somente as coisas boas, as pessoas não vão querer ser missionárias, porque pensarão que Deus não precisa delas”. Exatamente! Deus não precisa de nós e nunca precisará. Nós é que necessitamos dele. Se realmente acreditamos na “Missio Dei” e que Deus é o dono da História e da Igreja, devemos confiar que, ao enfatizar a obra que é dele, e não a nossa, o Senhor irá tocar nos corações que estão desejosos a participar da obra que Deus já esta fazendo nas nações, e não aqueles que querem ser o protagonista da missão.
Por isso, fiquei muito feliz ao ver no ano passado no 7° CBM (Congresso Brasileiro de Missões) o lançamento do DVD “Envolva-se”, coordenado pela missionária Mila, com apoio da AMTB e Martureo. Nesse material desenvolvido pela “Create International” (Austrália) fica clara a obra que Deus está fazendo em todas as etnias. É esta visão positiva que estamos precisando no Brasil. Olhar para as nações com uma visão de amor e de cooperadores, e não de pena e solucionadores dos problemas. Os europeus e americanos não são maiores que os latinos, e nós não somos melhores que os africanos. Somos um corpo, e cada um tem sua parte e contribuição dentro dele. Paulo já dizia isso:
 “… de modo que nem o que planta nem o que rega são alguma coisa, mas unicamente Deus, que efetua o crescimento. O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo com o seu próprio trabalho. Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus”. (1 Coríntios 3.7-9).


• Autor do texto: Felipe Fulanetto, de Campinas (SP) - mestrando em Missiologia no CEM e especializando em Etnomusicologia pela “Summer Institute Linguistic” (SIL). Foi missionário no Peru e Paraguai e hoje é pastor pela Igreja do Nazareno, coordenador de pesquisas missionárias institucional da AMTB, pertence à equipe do projeto Vocacionados (vocacionados.org.br) e da organização do Congresso VOCARE.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Jesus coloca condições para segui-lo?



"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;" - Mt. 16:24

Quando meditamos na Palavra de Deus, onde há a colocação de negar-se a si mesmo, é impossível não pensar nos nossos desejos e saber que deveremos (por amor ao Mestre) abdicá-los. Mas o que seria realmente negar-se a si mesmo? O que isso quer dizer? Então existe uma condição para seguir a Jesus? 
A má compreensão da Bíblia nos conduz a viver o evangelho de forma errada e as vezes abominável aos olhos de Deus. Podemos ver isso perfeitamente nas pessoas que carregam a Bíblia, creem em Deus, mas se prostram perante imagens esculpidas, pessoas ou bens. Negar-se a si mesmo tem a ver com nossos pecados, com nossos conceitos e filosofias, tem a ver com nossos desejos, tem a ver com meu EGO. Eu preciso sair do trono, do comando, da direção e deixar Jesus ser o dono da minha vida. Jesus nos deu exemplo disso quando estava no Getsêmani, orando, e dizendo: "Pai se for possível, passa de mim esse cálice, mas seja feita a tua vontade e não a minha". É como se falássemos em determinadas circunstâncias: "Senhor ... eu não gostaria de passar por esse momento, mas a Tua vontade é mais importante do que a minha, porque o Senhor sabe o que é melhor para mim".
Tomar cada dia a cruz. Nossa cruz não é de madeira ou de ferro. Nossa cruz são os problemas decorrentes do "segui-Lo". Uma vez tomada a cruz não podemos desistir. Jesus disse: “Aquele que lança mão do arado e olha para traz não é apto para o reino de Deus”. Quando decidimos seguir a Jesus precisamos ter disposição para enfrentar o que der e vier. Rejeição da família, desprezo dos pais, zombaria dos colegas, perseguição dos religiosos, das tentações, da vaidade, etc.
É preciso estar ciente dos conflitos internos, com nossos próprios interesses. Quando a decisão é de seguir a Jesus, começa uma guerra, um conflito dentro de nós, é o que Paulo chama de luta da carne contra o espírito. Em outras palavras, começa um conflito entre os meus interesses e os interesses do Reino; entre o que eu penso e o que a Bíblia diz; entre a minha vontade e a vontade de Deus. Há situações em que o cristão faz algo, se satisfaz naquilo, mas Jesus mostra e ensina que é pecado. Portanto, tomar a cruz é ter disposição para obedecer a Jesus. “Importa mais obedecer a Deus do que aos homens”.
De um modo geral o ponto de encontro entre a nossa vontade e a vontade de Deus vem, quase sempre, nas grandes crises de nossas vidas. Mas também quando nos achamos inclinados a desobedecer a Deus e temos coragem de optar pela obediência a Jesus. Essa luta diária é nossa cruz. “Aquele que quer me seguir tome cada dia a sua cruz e venha. Ou, aquele que não tomar a sua cruz não pode ser meu discípulo”. Quando uma pessoa se desprende dos desejos próprios para servir e agradar ao seu Senhor e Salvador, ele se nega a si mesmo, toma a sua cruz e segue a Jesus. "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" - Gl. 5:24
Há uma ilustração bem interessante ... fala sobre o exemplo do soldado crente. "Certo soldado que se convertera, todas as noites ajoelhava-se para orar antes de deitar-se para dormir. Certo dia estava ele orando, quando seu comandante o observava e jogou em seu rosto seus coturnos sujos. O soldado crente continuou orando, imperturbavelmente. No dia seguinte, ao levantar-se, aquele soldado limpou as botinas de seu comandante e as entregou, vencendo assim o mal com o bem; E assim foram algumas noites. O oficial diante de tão belo testemunho, desejou conhecer esse Jesus no qual o soldado sempre falara em suas conversas, orações e atitudes. E, assim, converteu-se a Cristo."
Seguir a Cristo é amá-lo e desejar agradar o Seu Coração; reconhecer a Sua Majestade e Sua Soberania. Permitir que realmente o Seu Reino venha - Lc 11:2. Seguir a Cristo é uma caminhada contínua de aprendizado ... é ser discípulo.




sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Falando de igreja ... Há contradição?

Quando é mencionado o nome igreja, muitos pensamentos ocorrem nas mentes das pessoas. Ouve-se de tudo um pouco ... Como pode a igreja sendo uma instituição divina, ser alvo de tantas contradições? Como pode a igreja pregar a paz em Jesus Cristo e dentro das suas fileiras as pessoas estão muitas vezes se digladiando? Como pode a igreja pregar uma ética cristã baseada no Reino de Deus e dentro dela as pessoas estão fazendo as mais incríveis idiotices?
É necessário muita calma!! Nesse blog é refletido sobre a Igreja do Senhor ... sobre o ide ... sobre o ser humano nesse ide ... sobre a missão de Deus. Mas não tem como tampar os ouvidos para o que muitas pessoas dizem, ou seja, que há certas contradições dentro de  instituições evangélicas, resultando em pessoas feridas e sem cuidado. É visto que nesse contexto de convivência não há nada de diferente ao que as Escrituras nos mostram, um exemplo está na 1ª carta de Paulo à igreja de Coríntios "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer." - 1Co 1:10

Então vai a pergunta de muitos ... Por que a igreja é contraditória? Creio que é importante meditar sobre este tema com mais freqüência, porque a cada dia que passa esta mesma igreja esta sendo alvo dos mais diversos ataques de quase todos os setores da sociedade.
É interessante analisar, ainda que brevemente, algumas causas que levam a pensar que a igreja é "contraditória". Quatro coisas que não se pode esquecer:

1. Não pode-se esquecer de que mesmo salvos pela graça de Deus, ainda estamos sujeitos ao pecado.
Se o crente não vigiar a velha natureza pode voltar, e voltar com força tal que se age com impulsos carnais. "Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam." - Gl.5.17. Quando isto acontece, não somente pecamos contra Deus, mas cometemos ações que serão alvos de olhares reprovadores. “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” - Rm 6.12-14.

“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?”- Rm 6.1-2.

É necessário zelar para que o princípio do pecado não mais nos domine. "Devemos vigiar para andarmos sempre à vista diretiva do Espírito Santo. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito" - Gl 5:25

2. Não podemos nos esquecer que nós somos um corpo diversificado.
Ainda que a unidade esteja fundamentada em Cristo nós temos uma grande diversidade de dons e talentos na igreja. Muitas vezes não sabemos trabalhar esta questão com sabedoria e infelizmente há líderes que cooperam em seu auxílio em ensinar e admoestar. “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” - 1Co 12.12-13.
Há situações onde uns querem impor um pensamento, uma ideia sem levar em consideração o todo da igreja. A solução é respeito pelo outro e seus pensamentos. “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” - Fp 2.3-4.

3. Não podemos nos esquecer que dentro da igreja há pessoas que não são salvas.
Pessoas que parecem que são crentes porque praticam certas atividades tais como cantar no coral, participar de alguns departamentos, dar o dizimo, etc. Todavia, não experimentaram a graça salvadora ainda.“Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” - Mt 13.30.
É importante incentivar sempre para que a entrega da vida seja a Cristo e não a uma instituição chamada igreja. A igreja é o meio pelo qual a pessoa cresce e desenvolve a vida cristã, mas ela não salva a ninguém. “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas” - Fp 3.18-19.
Há uma grande diferença entre igreja (instituição) e Igreja (Noiva de Cristo).

4. Não podemos nos esquecer de que existe o problema da liderança que não está em sintonia com o rebanho.
Infelizmente há líderes que não entendem que o papel a eles confiado foi de apascentar o rebanho e não de dominar sobre ele ou simplesmente se comportar como um líder laissez faire (palavra francesa: deixar fazer). “Rogo, pois, … pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho” - 1Pe 5.1-3.
Os que exercem a liderança na igreja devem ser humildes com atitudes semelhantes àquelas encontradas nas páginas das Escrituras Sagradas e modelar a liderança no exemplo do Servo Sofredor: Jesus Cristo. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” - Jo 13.15.

Portanto, todo aquele que é convertido em Cristo Jesus é responsável pela imagem da igreja e, principalmente, deve se preocupar com os fracos na fé, refletir mais sobre a compaixão para com o próximo e entender, ou buscar conhecer, o seu chamado no Corpo de Cristo para que o todo seja aperfeiçoado. É importante ter em mente que o exemplo a ser seguido é, e sempre será, o de Jesus Cristo que pagou o alto preço da morte (e venceu a morte!), para que pudéssemos ter vida em abundância.

Soli Deo gloria!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

É necessário esperar no Senhor



“Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fadigam.” - Isaías 40:31

O ser humano vive hoje num mundo onde tudo é para agora! Ninguém gosta de esperar, seja para ser atendido por uma consulta médica ou numa fila para efetuar um pagamento.
A Palavra de Deus ensina que esta é uma das mais importantes coisas que o homem que conhece a Deus precisa fazer. Porém, qual o propósito de esperar? 
A palavra "esperar", como Deus usou, significa muitas coisas, como amarrar entrelaçado.
Um barbante é fácil de ser partido... Mas quando está entrelaçado, ele fica mais forte. 
É exatamente isso o que acontece quando se espera no Senhor, nossas vidas ficam entrelaçadas com a vida do Senhor e, assim, ficamos fortalecidos ao ponto de dizermos: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. 
Vamos ver um exemplo disto em At 16.20-25, Paulo e Silas foram humilhados por causa da pregação do Evangelho (tiveram as roupas rasgadas, foram severamente açoitados (v.22) e lançados na prisão (v23)). Mas estes dois homens eram homens que estavam firmes (entrelaçados) no Senhor (não reagiram como outras pessoas); o versículo 25 mostra a reação deles à injustiça: Diz que por volta da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam (...as algemas? ...os açoites? ...as grades?)! Não importava se estavam passando por bons ou maus momentos, eles CANTAVAM louvores a Deus.
É quando nossas vidas estão totalmente amarradas (entrelaçadas) com Deus que poderemos enfrentar provações com cânticos!
Portanto, esperar no Senhor, significa estar junto d’Ele, estar entrelaçado, unido com Ele. 
O texto de Isaías 40:31 mostra quatro coisas que ocorrem na vida dos que esperam no Senhor, e são essas: 
1ª - Renovarão suas forças 
Deus promete que aqueles que esperam no Senhor, terão suas forças renovadas!
A palavra renovar significa ‘trocar”, assim como se tira uma roupa velha para se colocar roupas novas. Assim é a pessoa que deseja estar com Jesus, a troca de suas fraquezas pelo poder de Deus ocorre. Paulo é bem ciente de tal fato – “[...]Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” 2ªCo 12:10b.
Jesus disse: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. 
2ª - Os que esperam no Senhor sobem com asas como águias 
Já percebeu que Deus compara a vida cristã à águia?
Deus faz isso porque a águia sabe como usar o vento a seu favor (ela não luta contra o vento como um obstáculo, ela usa o vento para se elevar acima das nuvens).
É importante observar que quando o Senhor age na vida daquele que aguarda nele os obstáculos são usados como suporte para seguir adiante.
3ª - Correr e não se cansar 
Pela força que vem do Senhor o homem, que n’Ele aguarda, caminha e caminha ... e os seus passos ficam cada vem mais rápido e quando e quando observa ... ele já não anda e sim corre (o incrível, sem se cansar!)
É interessante afirmar que na vida espiritual a medida em que ficamos aos pés do Senhor (esperando), descobrimos que podemos correr sem se cansar, e correr mais veloz do que um coelho! 
4ª - Caminham e não se fadigam 
“Certa ocasião um pastor visitava uma igreja e pregou no culto uma mensagem de despertamento para os irmãos. Ele disse: ‘Irmãos, esta igreja precisa caminhar!’ 
Um dos irmãos da liderança logo disse ‘amém!’ O pastor de novo falou: ‘Irmãos, esta igreja precisa correr’. O mesmo irmão gritou: ‘aleluia!’. E novamente o pastor disse: ‘Irmãos, esta igreja precisa voar’. O irmão levantou a voz e disse: ‘amém e aleluia!’. E concluindo o pastor disse: ‘Meus irmãos, vai custar um preço muito caro para esta igreja voar’. E aquele irmão respondeu: ‘então deixa ela caminhar pastor, deixa ela caminhar...’” 
O homem tem a tendência de se acomodar ao mais fácil, ao mais leve ao invés do que é puxado.
Mas este versículo diz que é possível “andar e não fadigar”.
Muitas pessoas andam no caminho do Senhor, mas num dado momento desanimam, se sentem cansadas e param. E porque isso? Há várias respostas que podem ser dadas, mas o motivo real é ... não esperaram no Senhor separando tempo para estar aos Seus pés. Quando a pessoa aguarda no Senhor é porque, durante a espera, ela ouvi as promessas do mestre e aprende em Suas ações por meio da Palavra que a instrui.
Portanto, esperar no Senhor é algo que vai além do que se quer receber, é simplesmente receber o melhor de Deus como resultado, porém durante a espera o homem se conhecerá muito mais e, melhor, conhecerá mais ainda o seu Senhor.
Que o Senhor nos abençoe.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Evangelizar sempre, mas discipular é fundamental.

"E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo para que não mais sejamos como meninos, agitado de um lado para o outro e levados oa redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o Corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor". Ef. 4:11-16

A expansão do Evangelho no primeiro século foi surpreendente. Os primeiros discípulos obedeceram o mando do Senhor de ir a todo o mundo, pregando e ensinando, e o fizeram ao ponto de levar seus contemporâneos a protestarem: "... Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram também aqui." - At.17:6. Como e por que aquele pequenino grupo (apenas 120 no dia de Pentecostes) cresceu na quela espantosa proporção e com tanto poder e intrepidez? É possível analisar que aqueles irmãos primitivos ganhadores de almas, não se satisfaziam apenas conseguir conversões. Exaltando um Cristo vivo, eles plantavam de tal modo nos novos convertidos as verdades de Deus, que estes se faziam, por sua vez, transformadores de vidas e de nações. Para eles, ser cristão significava ter um a relação vital com o Cristo ressurreto. Seu poder fluído através de suas vidas irresistíveis. 
E hoje? Inegavelmente o poder do Espírito Santo é o mesmo, mas não tem sido usado devidamente pela maioria dos Cristãos. 
O ensino constante e a preparação de crentes precisa ser levado a efeito como parte vital do ministério da igreja. A integração adequada é o método mais eficiente para levar crentes indiferentes e estéreis a viverem uma vida abundante e poderosa, que tenha Cristo o seu centro.
De acordo com padrões do Novo Testamento é visto que algumas "coisas" não é integração, como: Não é dar ao recém-batizado uma palavra de incentivo sobre a leitura da Bíblia, nem é enfatizar-lhe o imperativo da mordomia, por importantes que sejam essas coisas. Não é sobrecarregá-lo de panfletos e folhetos. Integração é mais do que conseguir que o novo crente seja assíduo aos cultos e se torne aluno da E.B.D.; é mais que lhe fazer repetidos convites para que participe das atividades da igreja. Tudo isto é importante, sem dúvida, mas não vai ao encontro do verdadeiro "fazei discípulos".
É visto no Novo Testamento que toda integração é dirigida no sentido das necessidades individuais. Através da pregação, do ensino, do treinamento da igreja, podem ser aplicados princípios de integração a grupos, mas sempre dentro do contexto da individualidade de cada membro do grupo. Nestes dias em que se pensa em termos de comunicação das massas e dinâmica de grupo em todos os níveis da estrutura social, deve ser constantemente enfatizado em nossas igrejas que o grande e negligenciado recurso para a evangelização é o leigo, o crente individualmente falando, mas o crente que tenha recebido cuidadosamente e convenientemente instrução bíblica e treinamento que garantem sua integração plena na vida da igreja, Ele é o melhor meio pelo qual a igreja pode atingir todo o seu campo com a mensagem da cruz.
"Os discípulos supervisionaram grupos bem mais diversificados do que o de Jesus, e precisaram fundir sua enorme variedade de interesses, personalidades, dons, problemas e opiniões." -  Bill Hull (Livro: A igreja que faz discípulos).
O processo de discipulado busca libertar pessoas, desenvolvê-las (fazendo-as que conheçam o seu Dom e ministério) e enviá-las, depois, para o campo da colheita.
É importante parar de pensar que discipulado é apenas estudo bíblico, compartilhar a fé e memorizar versículos. Assegurar o transporte à igreja e refeições quentes em períodos de crise é discipulado, porque ajuda as pessoas a se desenvolverem em Cristo. Tudo que leve alguém a crescer em Cristo pode ser chamado de discipulado, por essa razão colocar o fruto do Espírito em prática, ouvir e orientar a pessoa é muito importante e necessário.




quarta-feira, 24 de abril de 2013

Buscando a Justiça de Deus

"Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua JUSTIÇA, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas" Mt. 6:33

O propósito da vida do verdadeiro cristão deve ser a busca do domínio de Deus em sua vida. Quem dá a Deus posição central de sua vida, gozará do Seu cuidado onipotente e eterno.  Além de ser uma busca pessoal, ter cada vez mais intimidade com Deus proporciona, também, conhecer Seus valores para estabelecer o Reino d’Ele pelo testemunho cristão. A busca deve ser tão intensa e tão persistente para que todos ao nosso redor sejam provocados a uma reação, ninguém ficará neutro! O poder de Deus haverá de mover os corações!
Jesus deixa claro em Sua Palavra sobre a busca de real valor, a busca do Reino de Deus, mas não se pode esquecer a busca da Sua justiça.
A palavra justiça tem várias aplicações. É interessante destacar dois sentidos deste termo que é considerado de grande relevância:
1º sentido - Justiça significa retidão, ou seja, característica de algo que corresponde ao padrão. Por exemplo: O que é uma "roupa justa"? É aquela que tem a medida exata. Não falta tecido, nem sobra. Nesse caso, o corpo é o padrão, ou modelo. A justiça diante de Deus é viver de acordo com a vontade dele, sem sobrar nem faltar. Difícil, não é? Entretanto, este é o alvo do verdadeiro cristão. É necessário estar sempre buscando agir da melhor forma possível, sem jamais desistir e não pensar que o pecado seja uma coisa normal e aceitável.
2º sentido - Justiça é dar a cada um o que, por direito, lhe cabe. É o que Jesus mandou: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" - Mt. 22:21. Justiça é dar a cada pessoa a recompensa devida pelos seus atos, sejam eles bons ou maus. Recompensar alguém pelos seus atos bons é algo que todos podem fazer (mas raramente fazem). Por outro lado, retribuir a alguém pelos seus atos maus pode ter ainda outros nomes: castigo ou vingança.
No âmbito espiritual, a justiça é exercida por Deus. Hoje, Sua justiça se manifesta através das consequências, boas ou más, que recebemos por nossas ações. Para fechar todas as pendências, a Bíblia nos aponta um dia futuro em que acontecerá o Juízo Final, quando cada um de nós comparecerá diante de Deus para receber a devida recompensa pelos seus atos. Naquele dia, só se salvarão aqueles que tiveram suas injustiças purificadas pelo sangue de Jesus e passaram a viver para a sua glória.
Quando refletimos sobre “buscar a justiça de Deus” é necessário ter em mente que é uma busca contínua de intimidade com o Mestre, algo que deve seguir o crente na sua vida diária.
“justiça e juízo são à base do teu trono, misericórdia e verdade vão adiante do teu rosto”. Sl. 89:14
Sabemos que o caráter de Deus é formado de Santidade e Justiça, pois sobre esta verdade está estabelecido o seu Reino. A justiça que Jesus ensina no sermão do monte é a justiça do Seu Reino e não justiça dos homens. Em Mt. 5.20  Jesus mostra claramente que a nossa justiça não deve ser igual a dos escribas e fariseus, pois com esta justiça levaram Jesus a morte. É necessário ter plena consciência que na justiça de Deus não há erros, não há injustiça. É por esse motivo que todo aquele que busca o Reino de Deus têm que ter fome da justiça de Deus, não segundo a justiça que a TV tem mostrado para sociedade. E muitos homens por falta de vigilância estão concordando com a falsa justiça que este reino tem apresentado como certa, em que pessoas tem se levantado dizendo que estão fazendo justiça com as próprias mãos ao eliminar aqueles que julgam estarem errados.
Termos fome e sede de justiça é clamarmos ao nosso Deus e pedir a Ele sua misericórdia aos que ainda não conhecem a sua verdade. Devemos sempre lembrar que Deus não julga ninguém segundo a justiça dos homens, pois em Is. 64.6 diz que “todos nós somos imundos, e todas as nossas justiças, como trapo de imundícia”.
Não se pode esquecer que hipocrisia e ansiedade são pecados. Se praticarmos a verdadeira justiça do Reino, evitaremos esses pecados e viveremos verdadeiramente para a glória de Deus. É triste quando não praticamos essa verdade. Mas o cristão que decide viver de acordo com Mateus 6:33 dá um testemunho maravilhoso para o mundo!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Confrontando os seus medos

"Deus não nos deu espírito de medo, mas de poder, amor e moderação" 
                                                                                                   2ªTm. 1:7

O medo é algo que todo ser humano já experimentou e irá experimentar toda vez que viver algo novo, como um novo emprego, um novo relacionamento ou uma nova estratégia de investimentos. É importante analisar que sentir medo não é sinal de fraqueza e sim humano, em algumas situações o medo nos ajuda porque em alguns casos livra o indivíduo de situações que podem trazer problemas e até mesmo risco a vida, porém o medo se torna um problema quando paralisa o homem, o impedindo de arriscar para crescer.
Na vida cristã o medo, também, pode nos prejudicar ou nos ajudar. Quando deixamos de pecar porque temos medo de desagradar a Deus é algo bom, mas quando o medo paralisa o cristão na caminhada, fazendo duvidar da ação de Deus e Suas promessas, faz com que a insegurança seja gerada e, assim, impede o crente de receber com fé a Palavra que Deus tem dado. É importante ter em mente que se o cristão desejar crescer em intimidade e conhecimento de Deus precisa vencer o medo que o impede a caminhada, pois caso o contrário nunca terá êxito enquanto continuar cedendo ao medo.
Há uma história interessante: "Certo turista estava dirigindo pelo campo quando viu um velho fazendeiro sentado em uma cadeira de balanço em sua varanda. Atrás da sua sede da fazenda havia setenta e cinco acres de terra. O turista perguntou 'Esta terra é sua?' 'É', respondeu o fazendeiro. Então o turista continuou 'bem, o que o senhor está fazendo com ela? Está pensando em plantar algodão?', 'Não, tenho medo que o gorgulho o coma" respondeu o fazendeiro, 'E milho?' o turista perguntou, 'Não, tenho medo que o gafanhoto o coma' o fazendeiro respondeu, 'bem... que tal criar gado então?', continuou a perguntar o turista, O fazendeiro respondeu 'tenho medo que o preço da carne caia', 'Então o que o senhor vai fazer com toda essa terra de primeira?' o turista curioso perguntou, 'Nada ... prefiro não me arriscar.' respondeu o fazendeiro.". Existe muitas pessoas que se sentem como esse fazendeiro da ilustração; E quando o cristão opta  por não arriscar na vida, no seu ministério, o seu potencial para o sucesso é como aquela terra devastada e estéril. 
É importante ter consciência que enquanto o medo governar a nossa vida, nunca iremos nos levantar pela fé e cumprir o que Deus deseja para Sua Obra ou para nossa vida. E bíblia diz que "sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb. 11:6). Todos nós experimentamos o medo que nos faz querer recuar, mas somente aqueles que o vencem experimentam o crescimento como pessoa, como servo de Deus ... numa intimidade cada vez maior com Deus. 
Enfim, o medo existe ... confrontá-los, com discernimento e sabedoria, é importante para derrotá-los e, assim, não permitir que ele o controle. O ministério do Evangelho não tem espaço para um "espírito tímido" e sem entusiasmo e por isso devemos tomar posse do que Deus nos abençoou, com o Espírito de poder ... amor... moderação.

"E eu rogarei ao pai, e Ele vos dará outro ajudador, para que fique convosco para sempre. A saber, o espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque Ele habita convosco, e estará em vós." Jo. 14:16,17