quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Um amor que nos constrange


“Porque o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram: E que ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” - 2ª Coríntios 5:14-15
O amor mencionado pelo apóstolo no versículo 14 tinha a força de constrangê-lo, porque não era o seu amor por Cristo, mas era o amor de Cristo por ele. Esse amor, quando aceito, crido e recebido, é o motivo supremo da transformação de nossas vidas. Mais adiante, no versículo 17, Paulo usa a expressão “nova criatura” a qual implica em uma nova forma de viver, significando o desaparecimento da vida pregressa e os velhos costumes. Assim, tal transformação proporciona um novo estilo de vida ao que a recebe. Tal postura, aliás, é consequência lógica da conversão, pois o amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16) constrange-nos a viver integralmente para Ele.
A atitude do verdadeiro cristão não deve ser motivada apenas pelo nosso amor a Deus, mas pelo Seu amor a nós. Creio que Isaías 53:2-6 expressa muito bem esse amor tão imenso que nos constrange a viver integralmente para Cristo: 

“Foi crescendo como renovo diante dele,
como raiz que sai de uma terra seca; 
não tinha formosura nem beleza; 
quando olhávamos para ele, não víamos beleza alguma 
para que o desejássemos. 
Foi desprezado e rejeitado pelos homens; homem de dores 
e experimentado nos sofrimentos; 
e, como um de quem os homens escondiam o rosto, foi desprezado, 
e não lhe demos nenhuma importância. 
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades 
e levou sobre si as nossas dores; 
e nós o consideramos aflito, ferido por Deus e oprimido. 
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões 
e esmagado por causa das nossas maldades; 
o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, 
e por seus ferimentos fomos sarados. 
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, 
cada um se desviava pelo seu caminho; 
mas o Senhor fez cair a maldade de todos nós sobre ele” 

Se contemplarmos Seu sofrimento, certamente, seremos constrangidos pelo amor que O moveu. Ele poderia ter descido daquela cruz, mas não o fez por amor a nós; não o fez “para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”.
A expectativa de Deus é que nós, que estamos vivos, não vivamos mais para nós mesmos, mas para Aquele que nos salvou, para Aquele que morreu e ressuscitou por nós.
O amor de Cristo nos motiva e nos constrange a segui-lo e a servi-lo.
Quando olhamos para o Getsêmani, para a via dolorosa, para a coroa de espinhos, para a cruz, para o Seu sofrimento, alimentamos uma certeza: Ele fez tudo isso por mim e por você por amor. Só o amor sincero, abnegado e sacrificial seria capaz de levá-lo e mantê-lo na cruz.
É esse amor que Jesus espera receber de cada um de nós!
Amor que não se resume a palavras bonitas e expressões de adoração. Amor que dá provas, demonstrações de que, de fato, existe.
A Bíblia diz, em Romanos 5:8, que "Deus prova o seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós." Ele deu provas do seu amor por nós! E nós? Temos dado provas do nosso amor por Ele? De que maneira pretendemos dar provas de que O amamos?
Ao Senhor toda a glória!